Opinião:
Quem me conhece e já segue este cantinho há algum tempo, sabe que gosto do tema sobre o Holocausto. Não gosto de ler todos de uma só enfiada, até porque não é um tema fácil de se ler. Nanette foi colega de escola da Anne Frank e, tal como a Anne Frank, acabou por ir parar aos campos de concentração nazi. Também lá, se cruza novamente com a Anne e é das poucas pessoas que consegue dar um abraço à Anne (visto que estavam em partes diferentes) no campo de concentração. Nanette perde a sua família nos campos, embora tenham conseguido estar no mesmo local, mas em sítios separados (de um lado homens, do outro mulheres). Também nos conta como foi a sua recuperação após os nazis perderem a guerra, acabou por se casar, teve filhos e nunca mais tocou no tema, pelo menos até uma das filhas tocar no assunto. É um livro tocante, e a autora acaba por nos dar alguns trechos de Anne e de como os sobreviventes viveram com a culpa por terem sobrevivido.
Sinopse:
Como sobreviver a um campo de concentração? Estaria essa sobrevivência condicionada ao acaso do destino? Em um emocionante relato, Nanette Blitz Konig conta a história de um período em que ela e milhões de judeus foram entregues à própria sorte com a mínima chance de sobrevivência. Colega de classe de Anne Frank no colégio, Nanette teve a juventude roubada e perdeu a crença na inocência humana quando esteve diante da morte diversas vezes – situações em que fora colocada em virtude da brutalidade incompreensível dos nazistas. Hoje, aos 86 anos, Nanette vive no Brasil e expõe suas lembranças mais traumáticas aos leitores. As cenas vivenciadas por ela fizeram os mais experientes oficiais de guerra, acostumados a todos os horrores possíveis, chorarem ao tomar conhecimento. Em uma luta diária pela sobrevivência, Nanette deveria suportar o insuportável para manter-se viva. Através de um depoimento ao mesmo tempo sensível e brutal, ela questiona a capacidade de compaixão do ser humano, alertando o mundo sobre a necessidade urgente da tolerância entre os homens.
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