quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Chocolate de Joanne Harris

 
Opinião:
Vi o filme há uns anos atrás e adorei o filme, posso dizer que já o vi umas 2 ou 3 vezes sem exagero. Quando vi que o livro já existia e que existia continuação, fiquei com a pulga atrás da orelha, e este livro foi sempre ficando para trás, para trás, até entrar num desafio pessoal. Confesso que li o livro, mas não achei tanta piada, no filme acho que ficou bem mais engraçado do que no livro, sei que nem sempre podemos ter tudo o que o livro tem no filme, mas talvez por ter sido resumido e a história no livro ser um pouco mais descritiva até demais, pelo menos foi o que eu achei...

Sinopse:
Quando Joanne Harris idealizou a pequena aldeia de Lansquenet-sur-Tannes e nela criou o cenário para o seu romance "Chocolate", não imaginava decerto o sucesso que este viria a ter. Só em Portugal o livro vendeu mais de vinte e cinco mil exemplares e agora que estreou o filme de Lasse Hallström, nomeado para três Oscars da Academia, o romance veio a ganhar um novo fôlego.
Vianne é uma mãe solteira que chega à pequena aldeia, com a sua filha, e ali abre uma chocolataria. Os capítulos alternados, ora com a voz de Vianne, ora com a do padre Reynaud (ao contrário do filme, no livro é este que quer fechar esta loja das tentações), criam uma grande tensão dramática.
" "Todos nós somos divididos interiormente" diz Joanne. " O Padre Reynaud é uma espécie de anoréctico. Recusa-se a comer e tortura-se a si próprio ficando horas em frente à montra do talho. É repressivo, a sua severidade para com os outros baseia-se no facto de se odiar profundamente." (citada pela revista (livros), nº 19)
É contra este pensamento que "Chocolate" se insurge, defendendo os pequenos prazeres da vida, neste caso os gastronómicos, e o direito à diferença, numa pequena aldeia, fechada ao que vem de fora, (também os ciganos, que ali aparecem, com as suas músicas e outro tipo de vida, são votados ao ostracismo), e que, de certa forma, põe em causa o poder instalado.

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