Prestes a Sair: 15-06-2019
Sinopse:
Diana de Sepúlveda vive um casamento sólido com um homem mais velho, a quem vê quase como um pai. O avassalador aparecimento na sua vida de Nuno, um jovem poeta, precipitará Diana numa abissal visita ao passado obscuro da sua própria família. A descoberta do segredo da geração que a antecede vai determinar o modo como lidará com a eventualidade de um novo amor.
Sob o pseudónimo masculino de Lopo de Sousa, onze anos depois de ter sido presa por adultério devido à sua ligação com Camilo Castelo Branco, Ana Plácido escreveu este apaixonante romance.
Usando a voz epistolar da protagonista na primeira parte, e na segunda recorrendo a um narrador na terceira pessoa, sem nunca perder a estrutura do enredo — revelando um grande domínio das técnicas narrativas —, a escritora desenvolve um estudo sobre os temas do casamento forçado, da infidelidade conjugal e das suas consequências à luz da dualidade de valores com que a hipocrisia social da segunda metade do século XIX julgava moralmente os dois sexos.
A entrega do corpo da mulher ao marido era vista como um dever, ao passo que a separação era considerada uma infâmia, que prejudicava as mulheres quanto aos seus desejos, aos seus direitos e à disposição dos seus bens, ferindo-lhes a dignidade, cerceando-lhes a liberdade e mesmo a sobrevivência, e impossibilitando-lhes a construção de um futuro sem o homem.
Sob o pseudónimo masculino de Lopo de Sousa, onze anos depois de ter sido presa por adultério devido à sua ligação com Camilo Castelo Branco, Ana Plácido escreveu este apaixonante romance.
Usando a voz epistolar da protagonista na primeira parte, e na segunda recorrendo a um narrador na terceira pessoa, sem nunca perder a estrutura do enredo — revelando um grande domínio das técnicas narrativas —, a escritora desenvolve um estudo sobre os temas do casamento forçado, da infidelidade conjugal e das suas consequências à luz da dualidade de valores com que a hipocrisia social da segunda metade do século XIX julgava moralmente os dois sexos.
A entrega do corpo da mulher ao marido era vista como um dever, ao passo que a separação era considerada uma infâmia, que prejudicava as mulheres quanto aos seus desejos, aos seus direitos e à disposição dos seus bens, ferindo-lhes a dignidade, cerceando-lhes a liberdade e mesmo a sobrevivência, e impossibilitando-lhes a construção de um futuro sem o homem.
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