quinta-feira, 16 de junho de 2016

Um Amor Em Tempos de Guerra de Júlio Magalhães

Opinião:
Quando vejo, um livro escrito por um português, eu não sei porquê mas fico receosa, não consigo explicar, mas há sempre algo que falta nas histórias. E ofereceram-me este livro, e decidi dar uma oportunidade. E na realidade, gostei imenso. Júlio Magalhães traz-nos uma perspectiva diferente da guerra de moçambique, do qual conhecemos António, rapaz que é chamado para ir para Angola, para a guerra deixando em Portugal a sua noiva Amélia. Pensando que não há guerra nenhuma, e que tem que cumprir é o serviço militar obrigatório e que será fácil, mas engana-se é mandando, passado algum tempo é enviado para o centro da guerra. Volta novamente a Portugal, com marcas da guerra, mas encontra também a sua noiva que tinha enterrado um caixão vazio, tendo julgado que o seu noivo tinha morrido na guerra. É um enredo cativante, que obriga o leitor a chegar até à última página para ver qual é o desfecho da história.

Sinopse:
António nasceu marcado pelo nome. O mesmo que o vizinho da rua das traseiras, o homem que se fez doutor em Coimbra e que ia à terra sempre que podia, o tal que governava o país com pulso de ferro. Mas de pouco ou nada lhe valeu tão grande nome quando o destino o enviou para Angola, para defender a pátria em nome de uma guerra distante que não era a sua. Deixou para trás a sua terra, a mãe inconsolável e Amélia, a mulher que pedira em casamento, num banco de pedra, junto à igreja e que prometera fazer dele o homem mais feliz de Vimieiro. Promessa gravada num enxoval imaculado que ficou guardado no armário, à espera do fim daquela maldita guerra. Quando António regressou de Angola, era um homem diferente. Marcado no corpo por anos de guerra e de cativeiro e no coração por um amor impossível que deixara em pleno mato angolano. Regressava para cumprir a 
promessa que fizera anos antes à sua noiva Amélia, que o julgara morto, e que, em sua memória, tinha enterrado um caixão sem corpo.

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